Rebeca é uma famosa novela escrita em
1938 por Daphne du Maurier, que conta a história de uma mulher que se
casa com Maxim de Winter, um homem viúvo.
Tudo é perfeito até que o “fantasma” de
Rebeca, a primeira esposa de Maxim, aparece na cabeça dela, causando
insegurança, medo e ciúme. O motivo? Ela achava que nunca conseguiria
“estar a altura” de Rebeca, pois as pessoas lembravam dela como “a
mulher perfeita”.
A Síndrome de Rebeca
A história da segunda esposa de Maxim de Winter explica o que é a “síndrome de Rebeca”.
Esta síndrome é baseada no ciúme patológico do parceiro atual do ex-casal, independente da razão do rompimento.
A pessoa que sofre desta síndrome é
incapaz de viver a relação de forma simples e saudável, o “fantasma” do
ex-parceiro paira constantemente sobre o relacionamento.
Essa pessoa tenta saber tudo sobre a ex
do seu parceiro com a intenção de descobrir algo que, na sua visão, “faz
pior do que ela.” A pessoa acaba descobrindo mais fatos sobre o
ex-casal, e isso aumenta cada vez mais a sensação de que eles são quase
um trio, não um casal.
Ciúme – Sintoma de insegurança
Como em todos os quadros de ciúme, quem
sofre a síndrome de Rebeca sente uma grande insegurança. O ciúme aparece
quando a pessoa sente uma ameaça ao que considera ser seu e,
geralmente, mistura com o ciúme de quando o amado voltava sua atenção
para algo ou alguém.
O ciúme acontece não só entre pessoas,
há casais que confessam sentir ciúmes do computador, jogos, livros,
trabalhos uns dos outros, etc. Qualquer coisa que desvia a atenção do
casal, pode ser uma fonte de ciúme.
Superando a síndrome de Rebeca
O ser humano é comparado. Sempre. É
inato, temos a tendência de achar que somos valorizados pelo que temos,
sou “bom” ou “ruim” de acordo com o que está a minha volta. Isso também
acontece com o relacionamento.
“Sou realmente melhor do que o seu ex-parceiro?”. Devemos refletir nas seguintes questões antes de fazer essa pergunta:
- Quando passamos pelo rompimento de um relacionamento, nós aprendemos muitas coisas. Talvez não na hora, mas eventualmente nós percebemos o que queremos e o que não queremos em um relacionamento.
- Cada intervalo de relacionamento é uma forma de aprendizado, uma oportunidade para reavaliar quem eu sou e o que eu quero. Isso nos permite crescer, prosperar, amadurecer e tomar decisões mais maduras e conscientes.
- Então, quando eu começar a me relacionar com uma pessoa que tenha tido relacionamentos anteriores, devo entender que essa pessoa está começando um relacionamento comigo com a maturidade que adquiriu nos outros relacionamentos. A partir da sua aprendizagem prévia. A partir do conhecimento do que quer e do que não quer. E o que ela quer, agora, eu sou.
Mas a dúvida pode persistir apesar
destas reflexões. Sentir-se bem com você mesmo e ter a confiança que o
outro vê você como uma pessoa com quem quer compartilhar e amar pode ser
complicado. Isso pode ser culpa da auto-estima.
Estima – Grande antídoto para o ciúme
“Melhore sua auto-estima.” Esta frase
parece um mantra que somos bombardeados com a mídia, psicólogos autores
de livros de auto-ajuda e muitos outros. Parece que todo mundo dá
importância, mas ninguém sabe exatamente como abordar o assunto.
Claro, alguns livro de auto-ajuda
são úteis, mas o mais importante é que você se conheça e se aceite.
Somente se você estiver ciente de tudo de bom que pode oferecer como
pessoa, verá que, na realidade, todos os outros não são melhores ou
piores do que você, são apenas diferentes.
Se você ainda acha que o ciúme é um problema para você ou seu parceiro, pode contar com a ajuda de um profissional.
Por: